N’ O que estás a ler desta semana convidei
a Rita da Nova para conversar comigo. Conheci a Rita nestas nossas andanças de
Bloggers, somos ambas fãs de uma boa conversa à mesa, acompanhada de boa
comida, e já tivemos muitos e bons jantares juntas.
Simpatizei logo com a Rita,
com a sua serenidade, com a sua cultura, com o seu humor único [ela e o
Guilherme são o casal mais humoroso (acabei
de inventar uma palavra!!) que conheço]!!
Para além de sermos Foodies, temos
também em comum o amor pelos livros e por isso a Rita não podia faltar nesta
rubrica!
Quem é a Rita?
Tenho 27 anos, balança de signo mas virginiana de convicção,
nascida e criada em Lisboa. Conjugo um trabalho como estratega de comunicação e conteúdos
com o blog (ritadanova.com), onde falo
um bocadinho de tudo o que faz de mim quem sou: livros, viagens, restaurantes,
etc.
Casei há
coisa de 4 meses, mas acho que o casamento mudou muito pouco no nosso
dia-a-dia. Tenho três filhos gatos: a Guinness, a BB8 e o
Risotto.
Quando descobriste a paixão pela leitura?
Isto vai parecer mentira, mas foi quando ainda não sabia ler
sequer - por volta dois 2/3 anos. Eu fui criada pela minha Avó e passava muito tempo a acompanhá-la nas tarefas lá de casa.
Era comum eu estar sentada numa cadeirinha de comer, enquanto ela andava pela
cozinha. Normalmente ela dava-me vários brinquedos para as mãos, mas que
gostava mesmo era que ela me desse livros para eu fingir que lia. Só que tinha era sempre os livros de pernas para o ar e
irritava-me quando tentavam pô-lo direito.
És
"livromaníaca" desde que idade?
A pré-adolescência
foi o período em que ler passou de ser uma coisa que eu até gostava
de fazer, para passar a ser parte de mim. Os livros que li nessa altura
moldaram a minha personalidade e, como eu era (e ainda sou) muito introvertida
e calada, eram a minha grande companhia e porta para outros mundos.
Quando e onde lês?
Quando andava de transportes públicos lia muito mais do que
leio agora, mas aproveito sempre as últimas horas do dia para ler. Regra geral
começo
no sofá e termino na cama. Aos
fins-de-semana gosto de fazer brunch e levar um livro ou de ler em jardins e
esplanadas. Mas sou apologista de usar todos os tempinhos livres para ler um
bocadinho, nem que sejam duas páginas.
Gostas de ler um livro de cada vez ou vários em
simultâneo?
Um de cada vez. NUNCA consegui ler mais do que um ao mesmo
tempo, gosto de dedicar todo o tempo e atenção a um.
Quantos livros lês em média por mês?
Faço por ler pelo menos um livro diferente a cada mês, mas
varia muito. Depende do livro, do tamanho, do tempo que tenho. Quando estou de
férias ou de fim-de-semana leio muito mais do que no dia-a-dia.
Quantos livros é que achas que já leste na tua vida?
Adoro a pergunta e vou fazer aqui umas matemáticas meio por
cima, mas vou dizer uns 200 e tal.
Se fosses viver para uma ilha deserta e só pudesses levar um livro, qual seria?
Os Livros que Devoraram o Meu Pai, não só porque é um livro sobre livros, mas
porque é uma parte importante da minha história
dos últimos 4 anos.
Compras todos os livros que lês, ou
frequentas a Biblioteca Municipal?
Gosto de os comprar porque dá-me gozo coleccionar leituras e
forrar a minha casa a livros. Mas também acontece
emprestarem-me livros (e eu devolvo sempre, juro!).
Não se ama alguém que
não lê os mesmos livros?
Acho que não se ama alguém que não
gosta de ler. Pelo menos eu não conseguiria. Eu e o Guilherme partilhamos o
amor por alguns autores (Miguel Esteves Cardoso, Gonçalo M. Tavares) e ganhámos
algumas paixões um do outro (Carlos Ruiz Záfon, Afonso Cruz). Mas há coisas que
eu gosto de ler e ele não - e vice-versa. Por exemplo: ele adora
bandas-desenhadas e graphic novels e eu não.
O que estás a ler?
Patagónia
Express, de Luis Sepúlveda
Como
descobriste este livro?
Foi
uma prenda de casamento de um casal amigo, que já esteve na Patagónia. Eles
sabiam que era uma das nossas viagens de sonho também.
Recomendas?
Para
quem gosta de literatura de viagens, sim. Fala um pouco da vida do autor, numa
altura em que foi exilado político, mas quis sempre regressar ao Chile (de onde
é originário) e à terra do fim do mundo, a Patagónia. Ainda vou a meio, mas
agora que falta pouco tempo para ir finalmente à Patagónia, fez-me todo o
sentido pegar nele. Depois deste ainda quero ler o “In Patagónia” do Bruce
Chatwin.
Obrigada Rita pela disponibilidade e pela boa conversa, lembraste-me que o Patagónia Express é um dos poucos livros do Sepúlveda que ainda não li, vou colocá-lo na minha lista.
Sigam a Rita da Nova em ritadanova.com e acompanhem as sugestões de leitura da Rita no Uma Dúzia de Livros para 2019.
Deixo-vos também a sugestão do Clube de Leitura by Cláudia que organizei e onde mensalmente vos envio sugestões de livros para miúdos e graúdos.
Beijinhos * Cláudia
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