A Helena Simão tem 42 anos, é casada, natural da
Marinha Grande e licenciada em Ciências da Comunicação e entre livros técnicos
e de entretenimento, estima ter lido mais de 300 livros.
“Muito antes da internet e das redes sociais, era nos livros que
procurava conhecimento e entretenimento, companhia e emoções. Um livro novo nas
minhas mãos sempre foi para mim, desde que aprendi a ler, uma experiência
entusiasmante. Quando era estudante, adorava ir à biblioteca. Perdia-me
naqueles corredores cheios de livros, naquele silêncio inspirador de quem busca
um presente, quase como se fosse um tesouro.”
Nesta fase, tem muito pouco tempo livre e, em média,
apenas consegue ler um livro de dois em dois meses. Lê, sobretudo, durante as
férias e aos fins-de-semana. Gosta de ler nos transportes públicos e à noite
antes de dormir. O seu “companheiro” está sempre na mesa-de-cabeceira.
Gosta de ler um livro de cada vez. “Para mim, é o que
faz sentido: vivenciar uma história e todos os seus dramas, emoções e sensações
intensamente. Quando a porta se fecha e o livro termina, então, sim, estou
pronta para espreitar para outra porta.”
“Se fosse para uma ilha deserta, gostaria de levar um
caderno em branco para poder preencher com as minhas aventuras e experiências.
Se pudesse, ainda assim, levar um livro, escolheria “Sonetos” de Florbela
Espanca. Adoro poesia e este livro acompanha-me já há muitos anos. De vez em
quando, abro o livro numa página qualquer e releio o soneto selecionado.”
Atualmente, a maior parte dos livros que lê compra ou
recebe de presente. Mas também gosta de pedir emprestado aos amigos, tal como
gosta de emprestar. “Para mim, os livros não devem permanecer demasiado tempo
numa estante. Por isso, há alguns livros que emprestei e não voltei a ter.”
Não se ama alguém que não lê os mesmos livros?
“Para mim, é nas diferenças que assumimos quem somos e
que nos damos a descobrir. Além disso, os opostos atraem-se. Por isso, acho que
se pode perfeitamente amar e ser amado e ter gostos completamente distintos. O
amor é uma aprendizagem e não tem regras.”
Actualmente está a ler “Não se encontra o que se procura” de
Miguel Sousa Tavares.
"Primeiro, descobri o autor em “Equador”, livro que
devorei na ânsia de acompanhar a vida e a história de amor de Luís Bernardo em
São Tomé e Príncipe. Mais tarde, li o “Rio das Flores” e “Madrugada Suja” do
mesmo autor. Gosto muito da sua forma de escrever, simples, mas assertiva,
direta, mas envolvente.
É uma forma de escrever que me inspira. Mais
recentemente, uma amiga ofereceu-me “Sul”, o livro de viagens de Miguel Sousa
Tavares. Viajei com ele para todos os destinos que tão bem descreve, vivenciei
as suas aventuras como se fosse ao seu lado.
Fui à procura de mais livros deste autor e descobri
este com um título bastante curioso: “Não se encontra o que se procura”."
A Helena recomenda vivamente este livro para quem gosta de ler, escrever e viajar!
"Este livro é uma espécie de diário em que o autor se
dá a conhecer enquanto homem, pai e filho. Além de ter relatos de viagens,
desvenda um pouco do processo de escrita de Miguel Sousa Tavares.
Podem acompanhar a Helena no seu blogue pessoal de viagens, Starting Today:
Site: https://startingtoday.pt/ | Facebook: https://www.facebook.com/startingtodaybyhelenasimao | Instagram: https://www.instagram.com/helenasimao76
Obrigada Helena pela partilha, gostei de te conhecer um pouco melhor.
Boas Leituras!
Beijinhos * Cláudia
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