Provocação à séria, eu sei {e também com os meus próprios telhados de vidro}!
Mas será mesmo a palmada pedagógica? Pode alguém aprender pelo medo, pela intimidação?
Quando penso bem a frio neste tema considero que a palmada, os castigos, as ameaças têm tudo menos qualquer pedagogia! Ninguém consegue compreender o que fez e como pode melhorar se estão a gritar com ele, se lhe estão a bater ou a exercer qualquer tipo de castigo, ameaça ou humilhação.
Vamos transpor a situação para o meu dia-a-dia:
Chego ao trabalho, o meu chefe pede-me lhe fazer uma alteração numa apresentação e eu que estava meia na lua a pensar no filme que vi ontem, estrago-lhe a apresentação. Tento disfarçar sem resultado e eis que o meu chefe descobre. Grita comigo, dá-me um valente sermão, põe-me de castigo na sala de reuniões sozinha sem computador ou telemóvel e antes de sair ainda me dá uma valente palmada!
(Sim levei a situação ao nível do ridículo, eu sei, mas é mais ou menos o que acontece às crianças quando se portam mal!)
A situação é humilhante para mim? Sim!
A situação ensina-me a melhorar? Não!
Aprendi alguma coisa com a situação? Foge dele, Cláudia, foge!
A situação faz-me criar vínculo com ele? Não!
A situação faz-me querer estar com o meu chefe? Não
A situação faz-me confiar nele e procurá-lo se tiver um problema? Não
Da próxima vez que o meu chefe me pedir algo o que vai acontecer? Vou ficar com medo de falhar, de fazer asneira e o mais provável é que aconteça mesmo um grande disparate.
Quem fica a ganhar com estas atitudes? Ninguém!
Portanto, da próxima vez que tiver quase a perder as estribeiras e a entrar nesse esquema com os meus filhos, vou seriamente colocar-me nos sapatos deles, acalmar-me e agir com eles como gostava que os outros agissem comigo. Com respeito, com dignidade, com compreensão e que me ajudassem quando mais preciso.
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